O VIOLONCELO
.jpg)
Os instrumentos maiores eram tocados apoiados entre as pernas dos executantes, daí a viola da gamba. (gamba= perna) O violoncelo não evoluiu da viola da gamba como antigamente se pensava, mas sim dessa mesma idéia de se construir instrumentos em famílias, porém aplicada ao violino.

violas era por sua vez mais utilizada na corte. Pode-se observar também que o violoncelo aparece na arte (pinturas) holandesa e flamenga nas mãos de músicos de rua ou em tavernas, enquanto cenas na corte notam-se instrumentistas tocando violas.
O violoncelo nos seus primórdios era construído em várias medidas e também afinado de maneiras diversas. Foi Stradivari quem revisou o modelo em voga, criando um tamanho padrão chamado “padrão B”.Isto foi um de seus maiores feitos, que deixou inestimável legado para os violoncelistas modernos. Estabelecendo medidas baseadas na sua experiência e observação, ele conseguiu um equilíbrio maior entre os registros médio e agudo, além de uma melhor projeção do som.Inicialmente as cordas eram feitas de tripa. A introdução mais tarde do uso do metal envolvendo a tripa possibilitou maior agilidade no registro grave do instrumento.Pinturas do século XVII mostram o violoncelo sendo tocado de três maneiras: apoiado no chão, entre as barrigas-da-perna do executante; sobre uma pequena banqueta, o executante ainda sentado; e pendurado no ombro do executante através de uma alça que passava por um furo no instrumento feito para essa finalidade e tocado de pé.
Pequenas alterações (melhoramentos) no padrão B têm sido feitas até o presente. O braço tem sido gradualmente diminuído em espessura para facilitar ao executante tocar nas posições mais altas. O espelho do instrumento é hoje feito de ébano, madeira escura e extremamente resistente, para resistir melhor ao uso de cordas de aço. A barra harmônica aumentou em comprimento e espessura, dando maior ressonância para as cordas graves. O cavalete ficou mais leve, aumentando o volume.No entanto o maior desenvolvimento foi, sem dúvida, a invenção do espigão por Adrien Servais (1845). Isto possibilitou uma maior estabilidade nas mudanças de posição e também ofereceu maior liberdade para a mão esquerda. Hoje em dia também é usado o espigão curvo, que deixa o instrumento quase que inteiramente na posição horizontal, permitindo uma maior utilização do peso do arco do que quando o instrumento é mantido inclinado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário